MOTO PERPÉTUO |
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Ficha Técnica | |
Mal o Sol (G. Arantes)
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1989 (Phonodisc/Mid/GEL/Continental) 2002 (Wea) CD 092746572-2 2017 (Warner Music Brasil) Remasterização em CD
Assistente: Sérgio Chatagnier Marketing estratégico: Elaine Medeiros Adaptação projeto gráfico: Patricia do Valle Dia Coordenação gráfica: Silvia Panella
Apoio: Adquira o CD pela internet:
Entrevista:
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Mal
o Sol (Guilherme Arantes) A partir da cama num hotel de fronteira olhos de água céu e missa ao calor do dia ou à sua certeza mal o sol amarelecera no céu mal o sol amarelecera de esperança toda a minha boa vontade olhos de água céu e missa ao calor do dia ou à sua certeza mal o sol amarelecera no céu mal o sol amarelecera... |
Conto
Contigo (Guilherme Arantes) Conto contigo porque contigo estou são e calmo Conto contigo que sabe do sonho que pisa e não precisa muito pra que eu conte contigo que olhas do fundo escondido seja no espelho ou mesmo num cinema lotado tudo parte dessa clareza tudo certo sem diferença hoje, agora eu tenho impressão de ser seu amigo só não por eternidade, eu conto contigo. Porque contigo estou são e calmo. |
Verde
Vertente (Guilherme Arantes) Granulou-se verde vertente onde o brilho solar atinge muitos anos já se passaram e quase não vi que espalhou-se o verde em vertente onde o brilho solar refringe muitos anos já se passaram que desconhecia o seguinte passo nada que não faço mal e mal me faça passar qual a nova sede que é de tanta sede que não sente não é nova, novamente nesse assônico escuto o simples pois há meios de boa fala muitos anos já me bastaram sem voltar aqui nesse assônico escuto o simples pois semeio-me sem forçá-lo muitos anos já me bastaram até este dia |
Matinal (Guilherme Arantes) Quando o peso do inverno deixa os olhos nublados ah! nem toda a calma que houver faz o grão do alívio germinar se o temor do vazio entalar na garganta ah, com toda a calma que puder tome um banho sobre o sono matinal mate os males mas não se importe com desenganos. O sabor da verdade deixa os homens parados bom mesmo seria fazer a cidade inteira se escutar mas sem outro remédio que se abrir a si mesmo ao menos o máximo que der tome um banho... |
Três
e Eu (Claudio Lucci) Eram três e eu noite apontou eram três e eu num subúrbio que passou vagão vago azul carvão e vapor eram três e eu vento escuro nos cabelos. Só na estação sob os pés uma cidade tudo nas mãos como um louco na neblina. |
Não
Reclamo da Chuva (Guilherme Arantes) Não reclamo da chuva porque lava minhas rugas quem pode escolher seu caminho Nunca fui convidado até charutos e licores já nem sei o que são valores Quando se abandona o mundo fica mais bonito, é bem melhor uma roupa esfarrapada que o medo de sujar quando chega nesse ponto a conclusão que nada vai mudar sonho é bom fazer de conta que nunca vai chegar. |
Duas (Guilherme Arantes) Duas são as partes de um todo duas faces, uma vida, uma morte satisfeito é meio conforto confortado tem somente a metade. Velhos tempos sem dor só trechos de imaginação Nascente loucura, mas tudo melhor ao menos era coisa pura. Velhos tempos sem dor só trechos de imaginação. Teme que a firmeza de fato pode ser movimentada num sopro firma que será divertido até certo ponto. |
Sobe (Guilherme Arantes) Sobe, sobe sem medo não tenha apego de nada veja-se mais vontade, se mais razão seja, mas não tão certo não seja esperto por nada veja-se mais vontade veja, sem mais não. Falta de dano dono pra tudo tido num frasco fresco da vida. Volta de data dote pra vida tida num frasco busque de tudo Cante, mas não desgraça não se desfaça de nada mexa-se, mais vontade sem mais razão. |
Seguir
Viagem (Claudio Lucci) Nós vamos seguir viagem prosseguir caminhando sem ter aonde chegar estamos só de passagem estamos sempre chegando um dia em cada lugar somos nascidos da lua andarilhos de rua pra não lembrar pra não chorar pra não parar. |
Os
Jardins (Guilherme Arantes) Por que não escuto valsas com perfume de alecrim onde achar histórias pra contar por que não ser um sobrado de um terraço e mil jardins e jardins e jardins que deixei de ter na aflição, e a razão nunca me responderão jamais como faz se uma vida serei eu serei eu nunca me responderão que sim ou que me encontro errado então me responda. |
Turba (Guilherme Arantes) Seja qual for o dia de hoje logo que amanheça vamos sair sem pressa nenhuma à busca de um endereço a última loja, um canto profundo e fácil, claro que na calçada haverá pessoas de toda a casta nos servirão café com bolacha dentro de sua casa mas negarão os braços da sua esposa, e na primeira esquina um balcão cheio de novidades vai cutucar o direito esquecido daquela propriedade mas não dirá que aquela não vale nada nem que fosse dada há montes de gente correndo na guia há muita barriga a soluçar... bom dia, café com leite bom dia planalto que diabo o cinza desse asfalto. |